sábado, 15 de maio de 2010

Limpeza de zona sobrejacente à Ribeira de Santa Catarina

PIC_2234Decorreram, na tarde da passada quarta-feira, trabalhos de limpeza de uma pequena parcela de terreno sobrejacente à Ribeira de Santa Catarina, na zona entre a Avenida Dr. José Eduardo Vítor das Neves e a Rua Batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro. Estes trabalhos marcam o início da preparação da construção do novo troço da Ciclovia.

Apesar de esta intervenção ter ocorrido apenas em escassos metros, exigiu a mobilização de diversos meios humanos e técnicos, de modo a permitir que a remoção de todo o entulho (vigas, telhas, tijolos e outros materiais de construção) e outros resíduos acumulados ao longo de vários anos decorresse da melhor forma.

PIC_2237Os moradores da zona envolvente consideram que esta intervenção “foi uma vitória” e que “já há muito que era necessária”, mostrando assim o seu agrado pela resolução de um problema que se arrastava e para o qual estavam constantemente a chamar a atenção das autoridades responsáveis.

Estes trabalhos pretendem ser o ponto de partida para a recuperação dos terrenos sobranceiros à Ribeira, sobre os quais irá ser construída a Ciclovia, na zona urbana da cidade do Entroncamento. O próximo troço a construir, com cerca de 300 metros, terá início na placa de cimento sobre o curso de água na Praça Salgueiro Maia e terminará precisamente nestPIC_2249e terreno agora limpo que presentemente ainda se encontra vedado, mas futuramente terá abertura tanto para a Avenida José Eduardo Vítor das Neves, como para a Rua Batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro. Possuindo actualmente 2,2 quilómetros, prevê-se que a rede de Ciclovias do Entroncamento atinja a extensão total de 4 quilómetros, quando terminada.

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terça-feira, 11 de maio de 2010

“O Rio”


Da mata no seio umbroso,
No verde seio da serra,
Nasce o rio generoso,
Que é a providência da terra.

Nasce humilde, e, pequenino,
Foge ao sol abrasador;
É um fio d’água, tão fino,
Que desliza sem rumor.

Entre as pedras se insinua,
Ganha corpo, abre caminho,
Já canta, já tumultua,
Num alegre burburinho.

151300

E corre, galopa cheio
De força; de vaga em vaga,
Chega ao vale, larga o seio,
Cava a terra, o campo alaga...

Expande-se, abre-se, ingente,
Por cem léguas, a cantar,
Até que cai, finalmente,
No seio vasto do mar...

Mas na triunfal majestade
Dessa marcha vitoriosa,
Quanto amor, quanta bondade
Na sua alma generosa!

2009-10-22-passaros-rio-das-pedras

E um nobre exemplo sadio
Nas suas águas se encerra;
Devemos ser como o rio,
Que é providência da terra:

Bendito aquele que é forte,
E desconhece o rancor,
E, em vez de servir a morte,
Ama a Vida, e serve o Amor!

 

1319757

Agora o sol, que o prateia,
Todo se entrega, a sorrir;
Avança, as rochas ladeia,
Some-se, torna a surgir.

Recebe outras águas, desce
As encostas de uma em uma,
Engrossa as vagas, e cresce,
Galga os penedos, e espuma.

Agora, indômito e ousado,
Transpõe furnas e grotões,
Vence abismos, despenhado
Em saltos e cachoeirões.

foz do sao francisco

A cada passo que dava
O nobre rio, feliz
Mais uma árvore criava,
Dando vida a uma raiz.

Quantas dádivas e quantas
Esmolas pelos caminhos!
Matava a sede das plantas
E a sede dos passarinhos...

Fonte de força e fartura,
Foi bem, foi saúde e pão:
Dava às cidades frescura,
Fecundidade ao sertão...

  Olavo Bilac, poeta brasileiro

Movimento em Defesa do Rio Tinto

O nosso projecto é um projecto simbólico que pretende divulgar as questões ambientais e chamar atenção da população para as mesmas. Neste sentido, não pretendemos unicamente levar as pessoas a preocuparem-se com a situação-problema da Ribeira de Santa Catarina, mas sim procurar levar as pessoas a reflectir sobre a responsabilidade ecológica, que deveria ser válida independentemente do tempo e do local. Assim, consideramos importante a divulgação de outras actividades, mesmo não estando directamente ligadas ao nosso projecto, mas que se enquadrem dentro desta área.

No vídeo que se segue (extracto do programa Biosfera transmitido na RTP2), é apresentada uma situação desastrosa de um cenário idêntico ao que encontramos na nossa ribeira: a do Rio Tinto.



Caso não consiga visualizar o video, clique aqui.

Faz Portugal Melhor: Documentário Final

No âmbito da nossa participação no concurso Faz Portugal Melhor, produzimos, ao longo do mês de Abril, um pequeno vídeo que pretende ser complementar ao anterior, procurando mostrar o desenvolvimento do projecto e aquilo que já foi conseguido. Este documentário reflecte fundamentalmente as nossas principais actividades desenvolvidas à luz daquilo que foi proposto por nós, após obtermos novas informações: a recolha de água para análises com a colaboração da ARHTejo (14 de Abril), a nossa acção de limpeza das margens da ribeira (18 de Abril) e a divulgação do projecto utilizando os mais variadíssimos meios. Recolhemos ainda o testemunho de uma pessoa do nosso burgo conhecedora da situação.

O vídeo já foi publicado e encontra-se disponível na plataforma Zappiens.

(clique na imagem para visualizar o vídeo)

O vídeo também está brevemente disponível no YouTube.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A água no equilíbrio dos ecossistemas ribeirinhos

clip_image002Os factores abióticos como a temperatura, a luz, a água e o solo, influenciam a quantidade e a distribuição dos seres vivos no planeta, assim como as suas características físicas e comportamentais.

A água serve de habitat para muitos seres, sendo um dos principais constituintes dos organismos e indispensável a todas as funções vitais.

Um rio não é um simples cursclip_image004o de água. Ao retirar-se água da rede hidrográfica, ou ao alterar-se o seu escoamento, cria-se um impacto ambiental negativo sobre as populações presentes nesse ecossistema. A visão da água como um recurso para os humanos é tão antropocêntrica que, para muitos, o resto das formas de vida parece não existir. Ao retirar água de um curso de água, poucos se dão conta das formas de vida prejudicadas e da extensão dessa acção para o ecossistema.

Pior ainda, é o impacto da devolução dessa água: poluída e raramente tratada de forma adequada. Esta situação pode prejudicar as espécies presentes no curso de água e nas suas margens, tornando o curso de água impróprio para o desenvolvimento da vida ou mesmo inabitável.

Nunca o planeta precisou tanto de água para seus ecossistemas e não só para a utilização por parte do Homem. Os ecossistemas são os grandes "produtores" de água. Além da utilização e degradação da qualidade da água, todas as alterações feitas pela “mão” humana (barragens, canais, alteração no leito), na margem ou nas vizinhanças dos rios (ocupação agrícola, urbana etc.) provocam impactos negativos sobre os ecossistemas em causa e sobre os ecossistemas vizinhos.

clip_image006É urgente a consciencialização da importância da água e de todos os recursos que a natureza nos proporciona. Se não soubermos gerir os recursos sem provocar danos, tudo o que temos poderá tornar-se uma potencial ameaça contra a nossa própria espécie. Todos nós dependemos da Natureza por isso devemos respeita-la.

Para que a nossa Ribeira seja fonte de vida e de bem-estar é necessária uma intervenção activa por parte da população do Entroncamento.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Colocação de caixas de ninho nas margens da Ribeira

No dia 25 de Abril, os Ribeirinhos colocaram alguns ninhos artificiais na zona envolvente à ribeira (atrás da Escola E.B 2,3 Dr.Ruy de Andrade), com o objectivo de criar meios para sustentar a sobrevivência de certas espécies de aves...
Os ninhos artificiais são cada vez mais importantes para proteger as aves. As pressões da indústria, agricultura, desenvolvimento das cidades, etc, fazem com que as aves fiquem muitas vezes impossibilitadas de nidificar, porque não têm lugar para fazer o seu ninho. A existência de ninhos artificiais pode em certos casos ser a diferença entre a existência de aves ou a sua extinção num dado local.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Plantação de Freixos na zona envolvente à Ribeira














Esta actividade realizou-se no passado dia 25 de Abril na zona envolvente à ribeira de Santa Catarina . Tivemos a colaboração da Engenheira Florestal Alexandra Carvalho que nos forneceu e ajudou na plantação de alguns freixos (Fraxinus angustifolia).

O Freixo é uma árvore caducifófia que pode alcançar os 20 metros de altura. É uma planta melífera de porte frondoso, com uma silhueta irregular e poucas ramificações secundárias.













De ocorência espontânea ou cultivada, o freixo aparece numa grande parte da Europa, nomeadamente a Sul e Leste, mas é raro nas zonas quentes do Sul. Tem clara preferência por solos frescos e profundos, clima sem excesso de calor nem secura. Em Portugal, habita cursos de água e forma bosques em alguns locais por todo o país, excepto o Noroeste.